sexta-feira, 19 de junho de 2009

G1 andou no sedã compacto Volkswagen Voyage



A chegada do Voyage vai movimentar o mercado dos sedãs compactos no Brasil. O novo carro da Volkswagen mantém a praticidade e estilo do seu “irmão” hatch, o Novo Gol, apresentado em maio, e tem requisitos para aspirar a liderança da categoria que conta com modelos como Chevrolet Prisma, Renault Logan, Ford Fiesta, Peugeot 207 Passion e os seus mais fortes concorrentes, o Fiat Siena e o Corsa Sedan, que são um pouco mais caros.

O G1 andou no Voyage pelas ruas e vias de Florianópolis (SC) a convite da montadora. Das quatro versões apresentadas, foram avaliadas a básica, com motor 1.0 litro VHT flex (preço inicial de R$ 30.990), e a topo de linha Comfortline, com motor 1.6 VHT flex (a partir de R$ 39.430). As outras versões são a 1.6 standard (R$ 35.180) e 1.6 Trend (R$ 37.600).

Os dois modelos testados apresentaram boa dirigibilidade no percurso de 75 quilômetros cada. Quem está ao volante nem percebe que está a bordo de um sedã, que normalmente, pesa mais que a versão hatch e, por conta do bagageiro, pode dar algumas “escapadas” de traseira nas curvas. Até em alta velocidade, o controle do veículo – que conta com rodas aro 14 - é garantido. O Voyage é apenas 35 kg mais pesado que o Gol, o que dá uma diferença mínima no desempenho dos dois veículos.

Começamos pelo Voyage 1.0. O motor tem potência máxima de 76 cavalos no álcool e 72 cv com gasolina. Segundo a montadora, dá para atingir a velocidade máxima de 168 km/h. Mas carro de baixa cilindrada não foi feito para “esmerilhar”, então a versão se apresenta ideal para o trânsito das grandes cidades, mas na estrada vai exigir mais paciência do motorista. O câmbio manual (não existe opção de câmbio automático) é macio e as retomadas de velocidade, satisfatórias.

A sensação de que o carro poderia render se esvai na versão motor 1.6 – a Comfortline tem rodas de 15 polegadas. Agilidade no arranque, segurança nas ultrapassagens, força na subida e estabilidade nas curvas fazem desta opção do Voyage uma boa possibilidade do modelo ganhar mais simpatia até que o Polo Sedan, que está uma categoria acima. O acabamento não é tão rebuscado - as peças são de material mais simples -, mas não deixa a desejar

Traseira, o ponto da discórdia

Design da traseira do Voyage é um tanto conservador (Foto: Divulgação)
Entre os pontos negativos do Voyage está o espaço interno. Passageiros mais altos podem passar aperto no banco de trás para acomodar as pernas. O porta-malas de 480 litros é maior que do Prisma (439 l), mas menor que do Logan (510 l), Siena (500 l) e Fiesta Sedan (487 l). Enquanto a frente tem visual agressivo, semelhante à do Gol, na traseira o Voyage pode não agradar a quem buscava algo inovador.

E, por fim, a configuração do modelo vai exigir muita cautela do consumidor. A Volkswagen disponibiliza uma série de kits de acessórios desde a versão de entrada que podem incrementar o veículo – e deixar o valor cada vez mais alto.

O modelo que custa R$ 30.990 não entrega itens de série de grande relevância. Mas dá para tornar o Voyage “pé de boi” superequipado.

Para colocar ar-condicionado, direção hidráulica, travamento elétrico das portas, vidros elétricos, alarme, chave canivete e luz interna com interruptores nas portas é preciso pagar mais R$ 5.445. Com mais rádio com entrada USB e cartão de memória (R$ 405), freios ABS (R$ 2.980) e airbag para motorista e passageiro (R$ 2.215), o carro "boi" fica superequipado. Mas o preço vai a quase R$ 42 mil (um acréscimo de 35%).

VW espera vender 90 mil unidades do modelo por ano (Foto: Paulo Guilherme/G1)
A Volkswagen espera vender 90 mil unidades do Voyage por ano, o que o tornaria o segundo sedã mais vendido no país – o Corsa Sedan vendeu 116 mil unidades em 2007 e já emplacou 95 mil este ano (porém, esses números levam em conta a soma da versão mais recente do Corda com a antiga, a Classic - uma das preferidas dos frotistas).

O Fiat Siena emplacou 88 mil unidades ano passado e 65 mil nos primeiros nove meses de 2008. Se seguir o rastro do Novo Gol, o Voyage poderá sim se tornar muito “popular”.










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